domingo, 8 de fevereiro de 2015

Panic at the QUALQUER LUGAR!

O post de hoje é bem sério,  é um assunto difícil de lidar sozinho e que precisa de uma empatia substancial pra entender.

Síndrome do Pânico.

Não tenho a pretensão de falar sobre questões médicas,  sugerir tratamentos ou nada do tipo.

Só quero contar como é o outro lado,  o lado de quem convive com isso.

A primeira coisa é a vergonha,  vergonha da sua condição,  pavor de ter uma crise e alguém ver, vergonha de não conseguir mudar sua condição.

Uma crise pode se manifestar de muitas maneiras: crise de choro, tremedeira, dor de estômago,  dor de barriga,  queda de pressão,  raiva descontrolada, tiques nervosos, movimentos repetitivos, dificuldade para respirar, sensação de desespero.

A sensação de impotência também é desconcertante.

Eu por exemplo,  só me sinto segura no meu quarto,  na minha cama, onde ninguém vai me atacar, me estuprar,  me ofender, me apalpar, me difamar.

Outra questão é o isolamento,  o medo a princípio de multidões,  depois de lugares cheios, grupos grandes, até evitar quase completamente o contato.

Quando vc se isola, vc controla o ambiente à sua volta:  som, claridade, circulação de ar, a consequências é a hipersensibilidade a qualquer mudança quando vc está fora do seu local seguro.

Paradoxalmente,  há o medo da solidão e do abandono,  o pavor de não ter a quem recorrer numa crise.

Para concluir,  vc perde o controle sobre o seu humor, e não quer envolver suas pessoas queridas nisso, pois lidar com uma pessoa nesse estado é cansativo,  frustrante e deprimente.  Novo paradoxo,  precisar de ajuda e não querer que ninguém se aproxime.

0 comentários:

Postar um comentário